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23/08/2006 » Todas as notícias
Semana violenta em SP

Semana violenta em SP

A semana começou violenta em São Paulo. Ataques de bandidos foram registrados em várias cidades do Estado. A sede do Ministério Público foi alvo da quadrilha que comanda os presídios no Estado na madrugada desta segunda-feira. A calçada foi interditada pelo governo, mas o prédio já está funcionando normalmente e os funcionários foram liberados para trabalhar. O Ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e o governador do Estado Cláudio Lembo estiveram no local. Lembo participou pela manhã de uma cerimônia de entrega de várias novas viaturas da Polícia Militar. Ele também foi questionado da presença lá de vários policiais que poderiam estar nas ruas fazendo a segurança da população. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a maioria dos 27 ataques aconteceu durante a madrugada. Uma bomba explodiu nesta madrugada e fez um buraco no saguão de entrada do Ministério Público. O impacto danificou o portão e os estilhaços ficaram espalhados por toda a parte. A poucos quarteirões de distância, no centro da cidade, três bombas foram jogadas na escadaria do prédio da Secretaria da Fazenda. O fórum de Santo André e três bases da Guarda Civil metropolitana também foram atacados. Cinco carros do DEIC - departamento que investiga o crime organizado - estavam estacionados perto do prédio e foram incendiados. Às 07hs, bandidos passaram por uma delegacia de polícia e um batalhão da Polícia Militar na zona leste da cidade, reduziram velocidade, jogaram granada embaixo de um ponto de ônibus. Na hora do ataque, havia pelo menos uma pessoa esperando pelo transporte. Ela só não foi atingida porque a bomba ficou debaixo dos bancos e não explodiu. O grupo da PM especializado em bombas foi chamado. A granada foi fotografada e depois explodida. Os prédios públicos não foram os únicos alvos dos bandidos que puseram fogo em agências de automóveis, supermercado, postos de gasolina e ônibus - mais de 20 destruídos. Na zona leste, o fogo ateado num ônibus atingiu a farmácia e a rede elétrica de uma das mais importantes avenidas da região. A polícia estava por perto, houve perseguição e tiroteio - as marcas das balas ficaram na calçada e no carro da PM. Dois suspeitos foram mortos e o armamento apreendido. O trânsito foi interditado. Com medo de novos ataques, empresas recolheram quase todos os ônibus e foi difícil chegar ao trabalho. Em 15 agências bancárias, o atendimento está prejudicado por causa de ações criminosas. Fachada queimada, vidros quebrados e o guarda-volumes, destruído.O banco foi atacado com três coquetéis molotov durante a madrugada. Em outra agência, os bandidos jogaram um carro, roubado, contra a fachada - dois moradores de rua que dormiam na porta foram atropelados. E o paulistano começou mais uma semana assustado. "É preocupante, não é? Fazer o quê? Temos que sair de casa, então pedimos a Deus que ele nos proteja de qualquer acidente", disse o operário Francisco de Paula. Além da Capital, várias cidades do interior também sofreram com os ataques, como a cidade de Jundiaí, onde a população chegou a ficar sem transporte público. Também foram registrados ataques na baixada santista onde na noite de domingo a polícia prendeu um dos supostos líderes da quadrilha. O governo, inclusive, acredita que a prisão desse líder pode ter motivado o início de todos esses ataques.

Enviada por Patricia Oliveira
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